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terça-feira, 22 de maio de 2012

A importância da Alimentação Infantil

Pensar em comida para crianças é pensar em alicerce para uma casa, pois da mesma forma que na construção civil a base é quem vai garantir a firmeza e durabilidade de todo o edifício, os nutrientes consumidos e utilizados durante a infância vão interferir diretamente na estrutura corporal e em seu funcionamento.

A partir desta afirmativa, a pergunta é: Qual o alicerce que estamos construindo em nossas crianças? Afinal, todas as pessoas que, direta ou indiretamente, participam dos cuidados com os pequenos tem  responsabilidade sobre essa questão.

É comum ouvirmos sobre crianças que não comem bem e o desespero de pais que tentam de tudo para que seus filhos aceitem pelo menos uma colherzinha de comida, um tiquinho de fruta. E nessas tentativas entram promessas de presentes, chantagens e até ameaças. Quanto estresse!!!! E, infelizmente, os resultados não tem justificado os meios, já que, comer é algo bom, precisa ser fonte de prazer e quando essa atividade tão natural gera conflitos os resultados garantidos são frustração para ambos os lados.

Mas há também aquelas crianças que comem bem, aceitam os alimentos de diversos grupos e se abastecem dos nutrientes necessários, em quantidade e qualidade. Acho que aqui podemos pensar numa primeira dica: que tal ouvir os responsáveis por essas crianças? Quais são as práticas que eles utilizam para formar bons hábitos alimentares? Penso que conversar com esses adultos possa ser mais proveitoso que inventar novas técnicas, as vezes quase que truques mágicos ou simpatias, para que os menores aceitem um tomatinho.

Bom, e se a responsabilidade é nossa, que tal avaliarmos nossa conduta alimentar? Não só quanto ao que comemos no dia a dia mas quanto ao que oferecemos às crianças. O que há em nossas despensas e geladeiras? Qual grau de importância damos às visitas aos fast foods e afins? Quanto de tempo priorizamos para as refeições em nossa rotina?

Alimento, em tese, é um produto comestível, que trás benefícios para a saúde e o paladar humano. Então não há comidas ruins ou "tranqueiras" ou "besteiras" como costumamos denominar alguns deles. A questão é que cada tipo de alimento concentra alguns nutrientes. Quando escolhemos apenas os ricos em açúcares e gorduras, por exemplo, teremos o consumo exagerado desses componentes e a provável carência de muitos outros, como de vitaminas, minerais e fibras.

É interessante observar a mídia: se por um lado as mensagens comerciais estimulam o consumo de alimentos com altos teores de gorduras, açúcares e sódio, as reportagens focam na necessidade em se mudar o consumo, em ingerir mais frutas, verduras e legumes. Dia desses ouvi em uma matéria que essa geração é a primeira que tem expectativa de vida menor que a de seus pais, por causa da alimentação desequilibrada e do sedentarismo.

"Mas não tem jeito, eu já tentei de tudo e ele não come de jeito nenhum. É crueldade deixá-lo com fome" - essa é uma afirmativa comum, carrega um peso de consciência enorme. Mas não é crueldade fazer o que é certo. Porém as consequências de uma alimentação inadequada e incompleta podem sim ser muito cruéis. Doenças orgânicas e psicológicas podem surgir precocemente por influência direta de um alicerce mal formado.


A Pedagogia e a Psicologia tem descrito artigos e teses sobre a importância da rotina e da disciplina na vida das crianças, porém nessa correria da vida moderna os pais, especialmente, podem sentir-se sobrecarregados e tendem a priorizar que os curtos momentos que tem com os filhos sejam de lazer. Eu penso que possa ser assim mesmo, apenas que ao invés de esse lazer incluir somente os alimentos de alguns grupos, que possamos incorporar como atividade prazerosa o preparo e o consumo de refeições saborosas e saudáveis.

Assim, prover alimentação saudável para as crianças é um direito dos menores e nosso dever. Mas não trás o peso de mais uma responsabilidade, mas a alegria da certeza de estarmos investindo no desenvolvimento integral dos seres mais importantes que existem, para nós, proximamente envolvidos e para a espécie humana como um todo.

bjs maternos.




8 comentários:

Juliana Tassi Borges Zenaide- Contos de Mãe disse...

Oi Fátima, concordo com você. Tenho pensado muito sobre a alimentação dos meninos, principalmente após conversar com muitas mães europeias, as quais evitam o açúcar e os doces durante a semana.
Agora, estou retirando o suco pronto e as bolachas recheadas e trocando por suco natural e quitutes feitos em casa.
Não é fácil, né? Dá mais trabalho, mas acredito que estou fazendo o melhor pra eles.
Beijão, Juliana

Coisas de mãe disse...

Oi Fátima! Concordo com vc em gênero, número e grau. Tenho uma menina de 1 ano e 7 meses e desde o início da alimentação complementar incentivei a ingestão de uma enorme variedade de alimentos saudáveis. Hoje me orgulho, pois ela come de tudo e dá preferencia para o saudável. Bjos

Beatriz disse...

Oi, amiga!
A - DO - REI com toda força esse seu post!
Disse tudo, amiga... tuuuuuudooooo!
Mas como é difícil seguir essas dicas no meio a tanta "insanidade", né?
Arrepio de pensar numa mamadeira cheia de coca-cola na boquinha de um bebê de 10 meses!
Fala sério... esse bebê não sabe fazer escolhas. Alguém o induziu a esse comportamento!
Como num comentário já feito, eu tenho muito orgulho quando vejo que meus filhos comem de tudo, sem excessão!!!
Muutos beijos

Unknown disse...

Olá Fátima ! Conheci seu blog pesquisando sobre alimentação infantil, pois estou passando por um momento muito complicado com meu filho de 3 anos. Gostaria de conversar com vc, mas não encontrei um e-mail pra contato.

Débora

Unknown disse...

Ah, meu e-mail é deboracouto10@gmail.com

Obrigada

Débora

Unknown disse...

OI GOSTARIA DE TIRAR UMA DUVIDA MEU BEBÊ TEM 7 MESES E 20 DIAS E POR NAO ACEITAR COMIDA AMASSADA COME ARROZ FEIJAO E SOMENTE OS LEGUMES AMASSADINHOS A QUANTIDADE EH UMA COLHER DE SOPA CHEIA DE ARROZ 2 DE FEIJAO COM CAROÇOS E CALDO E UMA BATATA PEQUENA OU O EQUIVALENTE DE OUTRO LEGUME NO ALMOÇO E JANTA VC ACHA QUE TA BOM? CONHECE OUTROS CASOS DE BB QUE NAO COMEM AMASSADO?

Mamãe da Mariana e da Letícia disse...

Olás!

Obrigada pelos comentários.

Como vocês disseram, é muito recompensador mesmo cuidar da saúde integral de nossos filhos.

Juliana, vc diz que dá mais trabalho e eu concordo em parte, pois se a gente pensar no trabalho que um filho doente dá veremos que esse de cozinhar é quase nada, né? Mas abrir uma embalagem parece mais fácil que lavar, cortar, cozinhar...

Bia, vc é um grande exemplo de Mãe, em todos os sentidos.

Debora, demorou mas enviei um e-mail para vc.

Anônimo, é possível que não haja nenhum problema com seu bebê, se ele aceita a comida em pedacinhos tudo ok. Verifique sempre as fezes dele para ver se não saem os alimentos e se isso tiver acontecendo é porque seu intestino não está dando conta de digerir os alimentos e aí pode sim ser um problema porque ele come mas não consegue aproveitar os nutrientes.

bjs maternos

Anônimo disse...

Oi Fátima, adorei seu blog! Espero mais posts! Bjaon